Aposentadoria Por Invalidez: Saiba Quais Doenças Garantem o Benefício

Você sabia que é possível receber auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez do INSS mesmo sem completar os 12 meses de carência? Se você foi diagnosticado com alguma doença considerada grave, a lei garante esse direito — e muita gente nem imagina.

O que é carência no INSS?

No INSS, carência é o número mínimo de contribuições mensais necessárias para que o segurado tenha acesso a certos benefícios. No caso do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), por exemplo, são exigidas 12 contribuições mensais consecutivas.

Mas há exceções importantes que permitem a concessão do benefício sem essa carência mínima.

Quando a carência é dispensada?

A Lei 8.213/91 (art. 26, II e art. 151) e normas complementares do Ministério da Saúde determinam que, em caso de algumas doenças específicas, a carência não é exigida. Ou seja, basta estar inscrito como segurado no INSS (mesmo com pouco tempo de contribuição), desde que a doença seja uma das previstas legalmente.

Doenças que garantem isenção de carência:

  • Neoplasia maligna (câncer)
  • Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
  • Doença de Parkinson
  • Esclerose múltipla
  • Hanseníase
  • Cardiopatia grave
  • Hepatopatia grave
  • Tuberculose ativa
  • Alienação mental
  • Paralisia irreversível e incapacitante
  • Contaminação por radiação

Essas doenças estão listadas em portarias atualizadas do Ministério da Saúde e são reconhecidas automaticamente pelo INSS para fins de dispensa de carência.

O que o segurado precisa apresentar?

Mesmo nos casos em que não se exige carência, é necessário comprovar:

  • Diagnóstico médico preciso, com exames e laudos;
  • Incapacidade laboral total ou parcial (temporária ou definitiva);
  • Documentos médicos recentes, preferencialmente com assinatura e carimbo do médico assistente.

Além disso, o INSS realiza uma perícia médica para validar a concessão do benefício.

E se o benefício for negado?

Infelizmente, muitos pedidos são indeferidos por erro de documentação, falta de orientação adequada ou negativa da perícia. Nessas situações, um advogado especialista pode fazer toda a diferença — seja para recorrer administrativamente ou até judicialmente.


Conclusão

Não é necessário aguardar completar 12 meses de contribuição para ter acesso ao benefício do INSS se você foi diagnosticado com uma doença grave. A legislação protege o trabalhador nessas situações — mas é preciso estar bem orientado e apresentar os documentos certos.

Se tiver dúvidas, conte com um especialista para garantir seus direitos.

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Equipe Leonardo Ferreira

Especialistas em Direito Previdenciário.
18 anos de experiência em Direito Previdenciário.

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